quarta-feira, 25 de abril de 2007

Do invisível ao palpável

A cegueira é uma deficiência cujo sujeito apresenta prejuízo total na capacidade enxergar, ainda sendo, muitas vezes e errôneamente, denominação dada a quem tem um prejuízo parcial do sentido da visão. A incompatibilidade sanguínea dos pais, assim como doenças venéreas da mãe, traumatismo de parto, diabetes, meningite e o uso de determinadas drogas são fatores que podem vir a causar a cegueira.
A pessoa cega, assim como outros portadores de deficiência física, já foi vítima de uma concepção marginalizadora da sociedade sendo consideradas, ainda no século XIX, indignos ou incapazes de uma vida social comum, apesar dos estudos científicos da época tentarem demonstrar as possibilidades de tratamento das diferentes deficiências físicas. Época em que, também, sua a autonomia funcional poderia estar totalmente comprometida, uma vez que a ciência não se detinha em estudos nessa área ou para esse tipo de problemas, fato este que excluiu tais indivíduos da sociedade.
Graças ao avanço da ciência e da Tecnologia, o destino dessas pessoas vem se transformando. Materiais e produtos que favorecem o desempenho autônomo e independente, em tarefas comuns estão sendo criados e ou adaptados conforme necessidades peculiares de cada PNE. São os chamados recursos ou serviços da Tecnologia Assistiva.
A Tecnologia Assistiva, conceituada como “um auxilio que promove a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilita a realização da função desejada e que se encontra impedido por circunstancias de deficiência ou pelo envelhecimento” (Bersch, Rita – Introdução à Tecnologia Assistiva), tem como objetivo proporcionar mais independência, qualidade de vida e inclusão social aos PNEs. Dentre tais tecnologias podem estar recursos materiais ou serviços que podem auxiliar os cegos em sua vida diária, na comunicação, na acessibilidade, segurança, mobilidade e conforto.
No que diz respeito aos cegos, a Tecnologia também tem mostrado seu empenho e, porque não dizer, grande êxito. Quem antes não tinha nenhum acesso à linguagem escrita já, a algum tempo, pôde conhecer o alfabeto Braille e com ele, posteriormente, a máquina de escrever e mais recentemente hardwares e softwares especialmente idealizados para tornar o computador acessível.
Atualmente o deficiente visual tem muito mais possibilidade de viver de forma autônoma do que a alguns anos atrás, e possivelmente, menos do que daqui a alguns anos. Equipamentos sensoriais são desenvolvidos cada vez mais dirigidos às limitações dos deficientes físicos, desde o mais simples ao mais complexo, desde a “bengala branca”, que lhe auxilia na locomoção, até o DOS VOX, softwares criados especialmente para atender às suas peculiaridades, da punção e a reglete à impressora Braille, do auxílio interpessoal aos sensores remotos que controlam luzes e movimentos dentro de ambientes fechados.
Como pode-se observar, no dia-a-dia, a inclusão de pessoas com deficiências físicas está cada vez mais próxima de nós, entretanto, como afirmou uma colega, a inclusão deve acontecer primeiramente na sociedade, quem deve antes demais nada remover barreiras físicas, atitudinais e morais.
Luciene

terça-feira, 24 de abril de 2007

Inclusão Escolar e as políticas Educacionais

As políticas educacionais devem estar voltadas para a eliminação de todas as formas de exclusão e discrimação, de forma que os alunos possam participar efetivamente das propostas pedagógicas e sociais da escola. Sabemos que tais políticas também envolvem as pessoas portadoras de necessidades especiais, dentre elas as pessoas cegas. Também sabemos que a legislação brasileira, no que diz respeito ao PNE é muito vasta, e por vezes muito ampla e que a parte da sociedade ainda não respeita ou mesmo ignora tais leis.
O Ministerio da Educação e Cultura publicou, em 2006, o volume "Acessibilidade" - uma complilação de leis, decretos, portarias e conveções sobre o tema. Este é um pequeno volume que deveria estar conhecido e reconhecido pelas autoridades sociais afim de implantar ou implementar no que ele está exposto. Talvez seja uma utopia, mas seria formidável saber que todos, que têm direitos iguais, pudessem usufruí-los.
Outra obra que trata da inclusão escolar de PNEs é o livro "A inclusão ecolar de alunos com necessidades educacionais especiais", também publicado pelo MEC em 2006. Ele traz desde um histórico cultural dessas pessoas à apresentação de uma organização dos Sistemas para atendimento aos deficientes físicos, Currículo e Avaliação. Nele os autores colocam que "os sitemas de ensino devem prover e promover mudanças em sua organização, a partir do projeto pedagógico das escolas de forma que possam oferecer um atendimento educacional com qualidade a todos, eliminando barreiras atitudinais, físicas e de comunicação".
Ainda, o Intituto Benjamin Constant , tem publicado em seu site um ótimo material sobre Recursos Didáticos na Educação Especial.

Luciene

domingo, 22 de abril de 2007

Educação Inclusiva

A Educação Inclusiva e os Diferentes Olhares
Ivete De Masi - A.S-Profª MS em Educação Especial - UBC
No texto a autora faz uma reflexão sobre pessoas com deficiência visual desde a década de 50 fazendo um comentário sobre o apoio pedagógico e que naquela época atuavam duas modalidades de ensino: Classe Braille e Ensino Itinerante. Os anos 90 foram marcados com movimentos como a promulgação da Declaração de Salamanca (1994) - debates sobre a educação formal oferecida às pessoas com deficiência; - e a Convenção da Guatemala (1998) - manifestação sobre todo e qualquer tipo de discriminação e preconceito. Ela cita a LDBN/96 onde a Educação Inclusiva é contemplada e garante o ingresso das pessoas com deficiência no ensino regular. A inclusão não se faz por decreto é um processo que leva tempo e implica mudanças estruturais na cultura e postura pedagógicas. A deficiência visual limita, mas não impede a pessoa de levar uma vida normal. O processo exige do professor conhecimentos sobre a deficiência visual e os comportamentos impostos pela limitação visual.
A LDBN/96 é enfática ao colocar E.E. como modalidade escolar contando com professores especializados para o seu atendimento na qualidade de mediadores. Porém se os professores não forem adequadamente preparados o processo de inclusão corre sérios riscos, cerca de 10% das pessoas com deficiência já estão incluídas na escola. Segundo Xavier(2001) devemos pensar a Educação Especial na óptica da diversidade e suas implicações; na idéia de Unidade da Educação – construção da competência docente para a educação inclusiva e prática docente – Educação para a comunidade e na construção de uma comunidade gestora da Educação Especial. Magda
Além do DOSVOX encontrei outra informações sobre programas que são utilizados para tonar a comunicação das pesoas cegas mais independente, o texo abaixo faz parte do livro do MEC saberes e práticas da inclisão - educação Infantil

VIRTUAL VISION: é um programa leitor de tela que permite acessar de uma forma
imediata aos programas Windows, Word e alguns dos seus aplicativos. Esse programa permite
tanto a pessoa de baixa visão como a cega utilizar os mesmos programas usados por todas as
pessoas de uma forma geral, permitindo a inclusão dos alunos nas aulas de informática na
sala de aula.

WINDOW BRIDGE E JAWS: são produtos mais sofisticados, de alto custo, com
sintetizadores de voz virtuais e interativos. Podem ser utilizados em diferentes idiomas, desde
que configurados para tal. O Window Bridge permite bom acesso e utilização de diferentes
aplicativos. O Jaws é um sistema facilitado com comandos apropriados para acesso a diferentes
aplicativos, com cursor virtual que permite a operação de programas não previstos, além da
vantagem de melhor qualidade sonora.
10. Pais, cooperadores valiosos
A aprendizagem cooperativa deve ser exercitada não somente entre as crianças, mas
principalmente, entre os adultos, a comunidade escolar e as famílias.
A escola, quando abre espaço para a participação das famílias, que são pessoas competentes
no conhecimento das necessidades, interesses e formas de comunicação e ação de suas crianças,
encontram fortes aliados para a construção de uma escola de qualidade para todas as crianças.
Gisele Lima

sábado, 21 de abril de 2007

UM FATO PARA REFLEXÃO

Hoje estou trabalhando a noite em uma Sala de Recursos na rede municipal, estamos com um projeto piloto para atender adultos com NEE, quando cheguei na escola, descobri que um senhor com baixa visão tinha desistido da escola por não se sentir incluído, pois não tinha ninguém que se prontificasse a ampliar o material para ele, já que até a minha chegada a sala de recursos estava fechada. Não falei nada mas pensei, será tão difícil ampliar material para uma única pessoa,?Será que realmente todas as pessoas da escola estão tão ocupadas que não tem tempo para um pequeno auxílio ao próximo? Como vamos promover a inclusão se não somos capazes de nos dor, principalmente de doar o nosso tempo?
Gisele Lima/RS

PENSANDO O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

A inclusão de alunos com NEE no ensino regular requer mudanças de conceituais, de valores, de percepção sobre a capacidade de aprendizagem dos nossos alunos. Nossas escolas, e ai lembro que a escola somos todos nós, tem que estarem abertas para vencer este desafio, temos que vencer os obstáculos através de um trabalho pedagógico cooperativo, embasado em bons referenciais teóricos, temos que acreditar que todos temos limitações e que ao mesmo tempo todos temos capacidade para aprender algo. Quanto aos alunos cegos, eles aprendem como os videntes apenas os canais sensoriais é que se diferenciam. O vidente tem a vantagem de perceber o mundo através da visão, e por esta razão de uma forma mais independente, mas o cego se contar desde cedo com alguém que lhe aparecente este mundo explorando o seu tato e sua audição será capaz de perceber sutilezas que alguns videntes custam muito a descobrir. Vejo que o grande problema das crianças que nascem cegas, e me refiro a crianças sem outras deficiências associadas, é justamente a falta de estimulação precoce, a falta de alguém que lhe “apresente” o mundo desde muito cedo. Normalmente estas crianças vão ter um contato mais efetivo com outras crianças, e um maior convivo social quando entram na escola, e muitas vezes esta é uma escola para crianças cegas, onde elas vão essencialmente conviver com crianças cegas, sendo privadas da rico troca de experiências com as crianças videntes. Na pesquisa que desenvolvo com duas crianças cegas percebo claramente a diferença entre o sujeito que tem um estimulo desde bebe e tem uma vida social ativa (participa de aniversários, tem amigos, etc) e o sujeito que tem um convício praticamente restrito a escola para crianças cegas a família.

Colegas deixo questões para reflexão e talvez discução:
“Será que uma criança cega não ganharia mais se frequentasse uma escola regular desde seus primeiros anos escolares, e apenas tivesse um atendimento de apoio para a estimulação e aprendizado do braille e soroba em um turno inverso?”

“O que perde uma criança cega quando é privada do convício com crianças videntes?”

"Como seria o nosso procedimento se recebêssemos uma criança cega em nossa sala de aula?"

Esta é apenas uma breve reflexão sobre a inclusão de alunos cegos em nossas escolas.
GiseleLima/RS

sexta-feira, 20 de abril de 2007

A Tecnologia no processo de inclusão escolar

Ao longo da história a tecnologia está sendo utilizada para facilitar a vida das pessoas, ela é a diferença entre poder ou não realizar as ações da vida e do cotidiano para as pessoas com necessidades especiais. Com o apoio e auxílio das tecnologias as pessoas poderão seguir em frente, participando da vida em sociedade. Magda


quinta-feira, 19 de abril de 2007

Blogando

Sugerimos que vocês dêem uma olhadinha na barra lateral deste blog onde estamos colocando links interessantes... Magda

Os Jovens e a Tecnologia...

Olhem só que reportagem... Os jovens estão estudando com as tecnologias para ajudar as pessoas com necessidades especiais... O Lucas Trambaiolli é recém-formado em um colégio de Guarulhos-São Paulo, e desenvolveu um óculos especial para cegos, que possibilita que a pessoa enxergue formas básicas de objetos em preto e branco. Hoje a única chance de cegos(sem lesão cerebral) visualizarem alguma imagem é com cirurgia que custa 100 mil dólares e corre o risco de rejeição. Que legal a iniciativa do Lucas, ele terá seu invento testado e orientado por um pesquisador da Universidade de Harvard (EUA). Magda

Clique aqui

O "diferente"!


Em nossa sociedade, o preconceito é tratado, por vezes, com certa naturalidade. Como se fosse incomodativo conviver com o “diferente”.

Seja preconceito racial, de idade, de classe social, urbano x rural, com relação a deficiências, enfim, toda forma de tratamento desigual. Sempre é algo feio, desumano!

Em se tratando do “especial”, aquele que precisa do auxílio, aquele que exige cuidados, que precisa de olhares, resumindo... precisa de pessoas.

Pessoas com Síndrome de Down, cegas, surdas-mudas, com problemas neurológicos, tetraplégicos, paraplégicos precisam de cuidados especiais. Precisam ser integrados à sociedade. Elas têm direitos iguais a qualquer outro ser humano, portanto, nada mais justo que façamos uma reflexão e nos ocupemos a descobrir formas para facilitar esta integração social. Crianças com Síndrome de Down estão sendo incluídas em classes regulares de ensino. Crianças cegas contam com o auxílio do Dosvox . Surdas-mudas utilizam a linguagem de libras. Tetraplégicos e paraplégicos podem utilizar o Motrix.

DOSVOX é um sistema para microcomputadores que se comunica com a pessoa que tem deficiência visual por meio de síntese de voz. O software é gratuito e foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Motrix obedece a comandos falados ao microfone, inclusive acessando a Internet, aos que apresentam deficiência motora grave como os tetraplégicos. O funcionamento básico do Motrix permite soletração, além do mouse e do teclado obedecerem a comandos de voz. É utilizado como referência o alfabeto fonético da aviação.

Há muito a fazer ainda. Estamos engatinhando e precisamos caminhar ao menos.

Afinal, precisamos aceitar o diferente e fazer a diferença!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Início do trabalho

Este é nosso espaço de postagem de idéias.

Free JavaScripts provided
by The JavaScript Source

Obrigada pela visita! Volte sempre!